A Arte do Crossover no WoD - Parte I: Introdução das Múmias.


Saudações aos imorredouros, e à todos aqueles outros que desejam restaurar o equilíbrio, boas vindas. Vamos iniciar a partir daqui a nossa série que explora nossos irmãos e irmãs inseridos nos demais títulos do Mundo das Trevas. Antes de mais nada permita que eu me apresente.

Chamo-me Asurk III, um dos Imkhu imediatos de Hórus. Preencho como primeiro pilar da dinastia Khri-habi e designado pelo Vingador à exercer o papel de vizir na América central e sul. Saúde aos Shemsu-heru, nosso sacrifício inclina os olhos de Osiris e direciona o amor de Isis sobre nós, assim como ao seu filho.

Durante esses quase cinco milênios, estive relatando à nossa biblioteca em Duat sobre os avanços de Apophis em todo o globo. Estudamos como a serpente tem trabalhado para muitas vezes conseguir criar o antidoto correto para seu veneno.  Não me coube apenas isso, mas por muitas vezes a minha espada e a de meus pupilos foram postas em prática nas diversas batalhas que Hórus travou em vingança ao deus-rei. Somado à isto, também recai sobre meus ombros a responsabilidade de lidar com a aplicação da diplomacia, seja para com nossos primos, quer seja com as outras criaturas sobrenaturais.

Uma vez que a biblioteca  foi devastada pela tempestade, venho no papel de Portador do Livro relatar todas as informações necessárias que posso recordar com a memória do meu tem-akh. Juntos iremos embarcar nessa viagem para o mundo dos Imorredouros quando cruza com os demais seres que vivem nesse Mundo das trevas.
  

INTRODUÇÃO DAS MÚMIAS

Integrar o Renascido com os outros habitantes sobrenaturais do mundo das trevas do ponto de vista temático é trabalho para o Narrador. Sendo nosso objetivo oferecer informações sobre como guiar esta introdução, não vamos nos aprofundar muito ao ponto de vista temático. Em vez disso, esta publicação se concentra em como jogar uma múmia em um grupo composto de outros seres. Forneceremos ideias sobre a dinâmica do grupo e como ela muda quando uma múmia é introduzida, que papel a múmia pode desempenhar e quais problemas podem surgir. Note, a propósito, que assumiremos que o grupo é um padrão, seja de uma Matilha, Uma Coterie, Uma Cabala, ou qualquer outra coisa, com a adição de um único personagem múmia. Se você quer interpretar uma múmia em um grupo com um Engenheiro do Vazio, um Rokea, um Carniçal e um Pooka, boa sorte, mas está além do nosso entendimento de como tornar tal variedade numa crônica coerente. Mais seriamente, as melhores histórias são aquelas que dão atenção ao tema. Cada um dos jogos do Mundo das Trevas tem vários temas, mas quando os jogos são misturados, os temas ficam diluídos e concebivelmente desempenham um papel em qualquer um dos jogos do Mundo das Trevas, adicionando seus temas ao jogo “Principal”. Entretanto, os jogadores e o Narrador devem tomar cuidado para não transformar a crônica em algo como uma revista em quadrinhos (a menos, é claro, que seja isto o seu objetivo).




A APLICAÇÃO RESPONSÁVEL

É indicado e reformulado em qualquer livro que lide com o crossover, mas vamos mencioná-lo novamente aqui porque parece apropriado:

Nossos personagens múmias não leem os livros de referência!

Eles nem sequer leem o seu próprio livro. Eles sabem que existem criaturas sobrenaturais, mas não sabem os detalhes sujos. Eles podem saber que existe uma seita de vampiros chamada Camarilla, mas eles não podem nomear os clãs. Eles não sabem que os Gangrel se separaram, não sabem quem é Vykos e assim por diante. Uma múmia tem acesso a informações que os vampiros não têm, sim, mas eles não conhecem a história completa por trás da sociedade dos Membros (ou Cainitas). Isso vale, não importa qual seja o jogo "principal" da mesa em questão. A múmia não conhece os detalhes de uma determinada sociedade sobrenatural, e isso é uma coisa boa. Por quê? Porque a múmia é livre das noções que os habitantes da sociedade afirmam ser garantidos. Por exemplo, considere um mago da Tradição e uma múmia. O mago sabe que ela é capaz de alterar o tempo em menor escala, mas o mago vê como se a múmia estivesse simplesmente alterando as correntes de ar e temperatura. A múmia, no entanto, enxerga os céus como uma aplicação de Hekau Celestial, e isso colore seu quadro de referência. O mago (que não leu o livro da Múmia, lembre-se) ouve os pensamentos da múmia sobre mudar os padrões celestiais e os incorpora à sua própria teoria mágica - talvez não com os ornamentos egípcios, mas de qualquer forma ambos os personagens aprenderam algo sobre a maneira como eles veem o mundo. O mago pode acabar aprendendo a conversar com os espíritos como resultado de levar os céus em consideração, ou pode apenas agir de forma mais responsável em relação ao seu contexto. Esse tipo de avanço não acontecerá se o jogador da múmia pensar "ah, alterando o clima. Um efeito de forças 3.”




CHOQUE DE CULTURAS

Na mesma linha, lembrando que seu personagem de múmia não conhece os detalhes de uma determinada sociedade sobrenatural, lembre-se de que ela provavelmente nunca viu essas criaturas em ação antes. Considere que uma pobre mulher negra de Detroit se fundiu com um khaibit furioso e violento. Nada em sua antecedência permite que sua experiência lhe permita reconhecer o “Cara Descolado” pelo que ele realmente é (um vampiro, especificamente um Seguidor de Set). Ela o vê como uma ameaça e como um servo de Apophis, mas nunca ocorre a ela para rastreá-lo durante o dia. Da mesma forma, se alguma vez ela encontrar um lobisomem, ela pode ficar horrorizada com a selvageria bestial do metamorfo - embora o cruel Tem-akh possa muito bem ficar impressionado e admirado. Os outros jogadores do grupo devem descrever os efeitos externos de quaisquer poderes sobrenaturais em jogo sem usar os termos mecânicos do jogo, tanto para manter a adivinhação do jogador da múmia quanto para lembrar a todos envolvidos quão impressionantes são esses poderes.


Nossa série sobre a inclusão dos Amenti em suas crônicas está apenas começando. Durante as próximas publicações iremos explorar cada cenário específico, e ao jogar uma múmia em um grupo de não-múmias, lembre-se de que seu personagem tem tanta informação quanto sua experiência dita, e muito disso pode ser enganoso, meio verdadeiro e potencialmente ótimo para histórias.


"O ontem me criou; Eis hoje; Eu crio os amanhãs." - Asurk III, Imkhu dos Khri-habi; Vizir Shemsu-Heru.


A ARTE DO CROSSOVER NO MUNDO DAS TREVAS
Parte I - Introdução


3 Comentários

  1. Farei meus comentários sobre a postagem posteriormente.

    Observação Importante:

    Venerado Asurk III, faltou relacionar esta postagem com o submenu de Múmia A Ressurreição nos Marcadores.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Diego, sinto pela ausência, muitas vezes não possuo tempo disponível e/ou falta de atenção, afinal não me vêm notificações de interações no blogg. Obrigado pela constante participação, e se tiver algo que eu possa ajudar estarei à mão de acordo com a minha disponibilidade, abraço!

      Excluir