Como inimigo, a Segunda Inquisição é nebulosa, assustadora e implacável, mas ainda sim difícil de definir. Como Narrador, você pode ajustá-la à sua crônica de forma que ela cumpra a função que você deseja. Aqui estão seis abordagens diferentes que você pode usar para usar a Segunda Inquisição em sua crônica:

Ameaça Ativa: A Segunda Inquisição está caçando vampiros, e os personagens estão em sua mira. Talvez operativos especiais americanos metam o pé na porta de seu refúgio. Seus amigos e parentes são levados para serem interrogados e torturados em salas sem vestígios. Se a Segunda Inquisição for uma ameaça ativa, muito do conteúdo da crônica será sobre como lidar com essa ameaça. Como sobreviver aos ataques? Como proteger os seus entes queridos? Como se esconder do inimigo? Como contra atacar? 

Esta é uma boa escolha se você quiser rodar um jogo com foco em cenas de ação e combate.

Ameaça Passiva: A Segunda Inquisição é uma característica da paisagem, um perigo natural que os personagens precisam considerar enquanto cuidam de suas não-vidas. Neste tipo de jogo, o conteúdo real da crônica não é sobre a Segunda Inquisição. Os personagens estão tentando fazer algo inteiramente diferente (fomentar a rebelião anarquista, tornar-se os governantes da cidade, tentar manter seus desvanecidos relacionamentos mortais etc.), e a Segunda Inquisição os atinge se eles chamam atenção para si mesmos.

Em um jogo como este, coisas ruins acontecem se os personagens quebrarem a Máscara ou postarem informações reveladoras nas redes sociais, mas se eles permanecerem afiados, eles vão escapar da Segunda Inquisição.

Paralelo Simbólico: As agências de inteligência são organizações obscuras que prosperam no sigilo, redes irresponsáveis de poder dirigindo suas próprias agendas. Eles são compostos por pessoas com moral questionável, que estão focadas em destruir os inimigos encontrados tanto entre o público, quanto em agências semelhantes às suas. A partir dessa perspectiva, a Segunda Inquisição pode oferecer um paralelo simbólico para a sociedade vampírica. Cabalas secretas lutam pelo poder. Importa se eles são chamados de Ventrue ou CIA?

Com essa abordagem, os jogadores e personagens precisarão saber muito sobre como funciona a Segunda Inquisição. À medida que os personagens vêem mais semelhanças entre eles e seus inimigos, a Segunda Inquisição se tornará um elemento importante em sua crônica.

Fronte e Centro: Vamos colocar a Segunda Inquisição na frente e no centro da sua crônica. Não se trata mais de como isso afeta a história; é a história. Para tornar isso interessante, a Segunda Inquisição deve ser apresentada com profundidade e variedade, como algo mais do que apenas um inimigo desconhecido ou uma metáfora estilizada.

Digamos que os personagens tentam a operação extremamente perigosa de se infiltrar na Segunda Inquisição. Eles podem encontrar um moderno e elegante centro de comando composto por super agentes hipercompetentes, imunes a qualquer coisa que os personagens possam lançar neles. Mas este é Vampiro: A Máscara, e é mais interessante tornar o inimigo humano, cheio de fraqueza e desejos estranhos. Assim, à medida que os personagens se aprofundam na Inquisição, descobrem que o diretor de uma força-tarefa local é secretamente um fetichista vampiro, a equipe da SWAT é viciada em substâncias para melhorar o desempenho e toda a operação está sendo feita sem a aprovação do governo. Vampiros prosperam em pecados humanos, e a Segunda Inquisição é muito humana.

Enganação: Os personagens estão aterrorizados com a Segunda Inquisição. Todo mundo conhece alguém que ela tirou a vida. Cidades inteiras foram apagadas de Membros. Quando os policiais batem na porta do refúgio, os personagens sabem que o tempo acabou. Sua única escolha é matar todo mundo que vem procurando por eles.

Só que, desta vez, não é a Segunda Inquisição. Acontece que outra agência de inteligência, a polícia secreta ou uma organização similar está atrás deles porque os confundiram com terroristas, ativistas de direitos das minorias, esquerdistas, agentes estrangeiros ou alvos tradicionais semelhantes de agências de inteligência em todo o mundo.

Nesta situação, a Segunda Inquisição não tem sequer que parecer eficaz. A paranoia que gera é o suficiente.

Insensatez: Finalmente, a Segunda Inquisição pode representar a loucura e arrogância em sua crônica. Não vem atrás dos personagens por sua própria iniciativa, mas porque foi convidada. Um príncipe pensou que poderiam usá-los para destruir os Anarquistas. Um Nosferatu descontente vazou informações em uma tentativa de vingança. Os personagens fazem uma jogada para controlar os agentes da Inquisição sem entender como eles operam. Aconteça o que acontecer, o resultado final é um desastre.

Você também pode usar a Segunda Inquisição como um elemento puramente mundial, algo que acontece enquanto os personagens fazem outras coisas. Por exemplo, A Segunda Inquisição irá se transformar em uma ameaça credível, se ela destruir o Primogênito Tremere depois que os personagens ouvirem que ele tentou usá-la como um peão em seus próprios esquemas.

Referência:

Vampire The Masquerade 5th Edition, p. 364 - 366

ESPECIAL SEGUNDA INQUISIÇÃO

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CAÇADORES CAÇADOS